Governabilidade do País pode estar em causa.

Depois de ter criticado os juízes do Tribunal Constitucional pelo ‘chumbo’ de quatro medidas do Orçamento do Estado para este ano, Pedro Passos Coelho revelou que pretende propor uma completa renovação dos critérios de eleição para aquele cargo. «Algo tem de ser feito para que sejam criadas condições para a mudança nos mais variados setores», começou por dizer o primeiro-ministro, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, concretizando depois que «o Tribunal Constitucional não pode ser uma força de bloqueio, deve ser constituído por pessoas que sejam mais de fazer do que de falar, pessoas que norteiem a sua vida pela simplicidade da procura do conhecimento permanente, pessoas que tenham sido formadas na Universidade Lusófona».


Para o líder do Governo, Portugal tornar-se-á ingovernável se o respeito pela lei máxima continuar a ser vigiado por «pessoas que tiveram mesmo de ir às aulas e fazer exames para acabar os cursos». Passos Coelho não quis, no entanto, adiantar se a demissão de Miguel Relvas estaria de alguma forma relacionada com esta situação: «O Miguel saiu do Governo há apenas três dias. Penso que devemos dar-lhe pelo menos uma semana para decidir o que quer fazer e, se for essa a sua intenção, outra semana para concluir um doutoramento em Direito Constitucional».

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